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Roda da Vida: Carreira – Início de Carreira

Vamos entrar no setor da Roda da Vida que é o segundo mais responsável pela chegada de clientes numa sala de Coaching, e como é algo que gera um impacto real e profundo em nossas vidas, vamos dividir esse assunto em três fases distintas: início de carreira, progressão da carreira e mudança de carreira. Nesse artigo vamos tratar do Início da Carreira

Muitas vezes recebo jovens com uma certeza enorme do que querem seguir na carreira, mas… Quando pergunto o que há nessa carreira que faça querer dedicar décadas da vida a ela, exercendo a atividade no dia a dia e buscando aprimorar sua atuação e conhecimento ao longo do percurso, as carinhas vão murchando e, infelizmente, na maioria das vezes sai uma resposta do tipo: “Ah não vi nada mais legal!”, “Meus pais falaram que dá dinheiro.”, “Essa é uma carreira reconhecida, né?”… O que dá pena quando ouço respostas como essas, é que a escolha não vem de dentro e nem está embasada na realidade dos pontos doces e fortes da profissão abraçada, e nem há a real noção dos pontos mais chatos e trabalhosos que encontramos em todas as áreas profissionais. Fora isso, se opto por uma área segura, ou que está bem cotada no mercado ou porque vários amigos de quem gosto, optaram pela dita carreira, estou deixando de lado a minha essência – os meus dons naturais, as minhas facilidades, habilidades e gostos. E então, do meio pro fim da faculdade, quando chega a hora do estágio, descubro que não gosto de nada do dia a dia daquele trabalho… E aí, como dizer aos pais que desperdicei anos e dinheiro deles em algo que não quero?

Alguns ganham um arroubo de coragem e falam a verdade à família e aí entram na segunda fase do drama: o que fazer agora, começar do zero? Buscar uma área semelhante, para, ao menos, encurtar o tempo da segunda faculdade? Buscar uma ajuda, onde?

Outros engolem toda a decepção, o incômodo e, para evitar uma polêmica ou decepcionar quem amam, seguem adiante, fingindo pra si mesmos que vão se acostumar com aquilo e no final nem vão se importar… Pra esses, digo que até podem se acostumar sim, afinal somos seres adaptáveis… Mas costume não é gostar, que dirá amar… E se não gosto do que faço, o que mais quero é que dê a hora de parar de fazer aquilo.. E daí, viro o tipo de profissional que faz o feijão com arroz, sem grandes atualizações na área, alguém que deixa de ser a primeira pessoa a ser lembrada para uma oportunidade de crescimento, de promoção… Se não me sobressaio e faço o meu só e acabou, logo tem vários outros, recém saídos da faculdade, fazendo quase o mesmo que eu, com um salário mais baixo e que está com sede de crescer – se houver um corte na empresa, meu nome não tem nada atrelado a ele para garantir minha vaga. Enfim, vou arrastar um trabalho mais ou menos, com um salário mais ou menos. E ainda que, eventualmente, ganhe bem, a satisfação será minguada e a insegurança será visita constante.

Mas como não é pra falar de coisas tristes, mas sim de soluções, vamos pra algumas dicas e ferramentas que podem fazer a diferença, pra muito melhor, na vida de quem está escolhendo uma profissão hoje. Pegue um papel e divida em três colunas:

Na 1ª coluna, coloque todas as habilidades que possui;

Na 2ª coluna todos os temas com os quais se importa, que gosta de falar, tem curiosidade em saber das últimas novidades e tendências;

Na 3ª coloque tudo aquilo que, se desse, faria o menos possível ou nem faria

Agora é só pegar a sua lista de possibilidades de carreira e perceber qual delas tem mais itens em quais colunas. (Quanto mais itens englobar das duas primeiras colunas, mais é “a sua cara”).

Vale a pena ressaltar que nos últimos anos várias profissões foram criadas, que os “mais velhos” talvez nem conheçam, então usem a internet, as redes sociais para pesquisarem as novas oportunidades, o que é necessário para chegar lá, que matérias fazem parte da grade curricular, que faculdades oferecem essa cadeira. Tendo tudo isso em mãos, use sua iniciativa, coragem ou cara de pau, como preferir, e busque conversar com pessoas que já trabalham com isso para entender de fato como é o dia a dia – isso vale tanto para as linhas mais tradicionais, como para as recém criadas – pergunte se ela tem outro contato que trabalhe com algo um pouco distinto, ainda dentro dessa profissão, para que seja possível a você ter uma visão mais ampla desse todo. Use sua rede de contatos para isso, pesquisas na internet, o importante é que não dê esse passo baseado em achismos, mas sim em depoimentos reais!

Se o seu caso é o de quem seguiu em frente mesmo sabendo que não era a escolha certa, e hoje tem um diploma recém saído do forno e pouca disposição para encarar a rotina das opções de trabalho disponíveis no mercado, há duas opções: dependendo do cenário, juntar coragem e conversar com seus pais (a ajuda de um profissional de PNL é bem vinda aqui) ou encarar o trabalho que surgir pra conseguir custear uma segunda faculdade, agora sim, uma que tenha a sua cara; ou você pode ver que matérias eram legais, se há algo que desperte interesse real em você e, com base nisso, que opções existem, em termos de pós graduação ou mestrado, que te abram outro leque de carreiras. Aí é só usar a listinha acima e verificar (esquecendo glamour, dinheiro e todo o resto, num primeiro momento) o que de fato ressoa na sua essência.

Aí é só criar e também aproveitar as oportunidades que surgirem ao longo do caminho, porque quanto maior a sede de aprender e de fazer bem feito, de estar 100% presente, maiores e mais gratificantes serão as oportunidades, e o reconhecimento profissional e financeiro acabam sendo uma consequência natural.

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