Medo é o sentimento de ser intimidado ou levado a sentir-se inseguro a respeito de uma situação, emoção ou um objeto. É uma coisa pessoal: aquilo que assusta uma pessoa pode ser indiferente para outra.
Muitas vezes o medo pode ser uma emoção bastante dolorosa e talvez até danosa, dependendo de sua intensidade e duração.
Pelo fato de ser uma emoção necessária, o medo foi originalmente essencial para a autopreservação do ser humano, e de vez em quando ainda o é. Acontece, porém, que o medo pode ser até estimulante, quando alguém se dedica, por exemplo a fazer saltos com paraquedas e adora a sensação de perigo. Por isso, esse sentimento depende sempre da situação e da personalidade de cada indivíduo.
Pelo fato de ser a necessidade mais básica do ser humano, o alimento constitui um fator de enorme peso para que haja o medo; não é por outra razão, senão pelo alimento, que o homem pré-histórico estava sempre correndo risco de ser morto por algum animal selvagem. A segurança também é uma outra necessidade básica importante, e o medo logo aparece quando ela está ausente. Há pessoas que se sentem terrivelmente assustadas quando estão sozinhas no interior de uma casa grande ou antiga, ou em uma floresta escura, ao passo de que outras são tomadas por um terror imenso na presença de certos animais. E, por mais que se diga ao contrário, nunca está isento de medo aquele que tem coragem, porque a essência desse sentimento é a perseverança (Chance, 1998).
Ninguém deve ter vergonha do seu medo, porque precisamos reconhecer que essa emoção faz parte de nossa natureza, e só assim lidaremos com ela de um modo que não prejudique a nossa saúde. Porém não deixe de aceitar o fato de que uma certa descarga de medo aparece quando começamos um novo emprego, quando voamos pela primeira vez, ou então quando tentamos realizar uma tarefa difícil. Nesses casos, procure sempre repetir algumas frases positivas, tais como: “eu estou no controle do medo”, “estou calmo”. Use também os óleos essenciais antes e durante a situação que gere medo.
Às vezes, o medo constitui um sofrimento menor porque se envolve com algumas outras emoções predominantes, como, por exemplo:
– a culpa pode trazer o medo de ser descoberto;
– a raiva pode trazer o medo de perder o trabalho depois de uma explosão emocional;
– a falta de segurança, que por si mesma já é uma espécie de “medo”, pode trazer o medo verdadeiro de ter tomado uma decisão errada.
Portanto, ao fazer uma seleção dos óleos essenciais, esses aspectos devem ser levados em conta.
Vamos verificar alguns óleos capazes de ajudar você a encarar e diminuir os seus medos. Lembrando que dependendo do tipo de medo que você esteja vivenciando, procure fazer uma seleção dos óleos que melhor se apliquem a ele. Essa escolha deve ter como base óleos que:
– Sejam calmantes e suavizantes;
– Sejam estimulantes para a mente;
– Amenizem os espasmos;
– Diminuam o ritmo cardíaco;
– Atuem como um tônico que fortaleça o coração;
– Sejam analgésicos;
– Fortaleçam os rins.
Óleo de Manjericão (Ocimum basilicum): capaz de aliviar as desordens nervosas, cardiotônico, além de ter a capacidade de diminuir a aceleração das batidas cardíacas provocadas por pavores e temores.
Óleo de Manjerona (Origanum majorana): calmante para o sistema nervoso, além de ser particularmente útil quando o medo está impedindo o sono.
Óleo de Ylang-ylang (Cananga odorata): as propriedades calmantes e sedativas desse óleo, tornam-no apropriado para os sintomas crônicos do medo e não somente para a diminuição do ritmo cardíaco acelerado, pois ele pode ser eficaz no combate à pressão alta de quem vivencia a emoção do medo.
Relato pessoal!
Sempre tive vergonha e medo de falar em público e apresentar trabalhos ou dar aulas para grande número de pessoas. Quando era pequena “fugia”, sempre quando dava, das chamadas apresentações em grupo. Conforme fui crescendo comecei a fazer alguns trabalhos para tentar melhorar essa questão.
Quando comecei a estudar aromaterapia, eu virei e sou meu objeto de estudo, e assim resolvi me estudar nessa questão de me expor em público usando os óleos essenciais. E, no meu caso utilizo a bergamota (Citrus bergamia) com lemongrass (Cymbopogon citratus) antes e quando vou realizar alguma apresentação ou ministrar alguma palestra ou aula. Óbvio que o nervoso, a vergonha e o medo existem, mas eles passaram a me aparecer de uma maneira mais sutil e não de uma maneira que me aterrorize e me congele.
No meu caso uso a bergamota na questão do medo e da ansiedade e o lemongrass entra para suavizar minhas atitudes mentais rígidas, além dele acalmar o sistema nervoso enquanto estimula a mente.