Temos o ontem, que nos possibilitou experiências que trouxeram conhecimento, recursos e amadurecimento para fazer o nosso amanhã, onde viveremos possivelmente a realização de objetivos de vida. E, para transformar a experiência, os erros e acertos de ontem nas concretizações, vitórias e alegrias futuras, temos o agora, o tempo presente – que é uma espécie de presente que a vida nos dá para sermos, vivermos e realizarmos da melhor forma possível a etapa do caminho que estamos percorrendo.
Se ao longo do processo ficamos muito tempo parados analisando o passado, perdemos o “timing” da ação, como consequência, vamos amealhando menos daquelas pequenas coisas que nos ajudam a perceber que estamos evoluindo na vida, nas metas, no desenvolvimento pessoal… Se a isso somamos lembranças de desventuras, tristezas e insucessos do passado surge a sensação de que é tudo muito difícil, as montanhas das conquistas são como chegar ao pico do K2 – uma missão quase impossível! Daí enveredar pela tristeza que nos paralisa é um pulo.
Se durante o percurso, em vez de visualizar a meta concretizada no futuro, para buscarmos maior motivação, caímos no devaneio – sonhando, sonhando e sonhando com a coisa toda ganhando uma dimensão imensa, com detalhes desnecessários para aquela fase, acabamos por viver mais no mundo da mente, do que na realidade presente. E, se não fazemos o que era pra ser feito no tempo do hoje, o amanhã não será como imaginamos. Aí vem o primeiro sinal de frustração… Que se não é entendida como uma sirene de alerta, nos projeta ainda mais desordenadamente pra imaginação, e como na mente, é possível criar castelos em segundos, vamos perdendo os pés da realidade – o que tende a gerar estratégias mal pensadas, passos maiores que as pernas, e o resultado costuma ser ansiedade e maior frustração – queremos logo que o futuro chegue para vivermos tudo o que experimentamos na nossa visualização criativa, mas, quando ele chega, não se parece com nada daquilo que imaginamos, não por culpa do Universo, do destino ou de qualquer outro fator externo, mas porque não nos preparamos o suficiente nem tecemos o fio que nos conduziria para aquele objetivo a ser conquistado/ confeccionado.
Por isso, o presente é a maior dádiva, porque só nele podemos olhar para trás para buscarmos a ferramenta adequada que trazemos na bagagem e com ela construir o pedaço necessário de fio para tecer o tapete mágico que será o nosso amanhã. Sendo assim, é uma questão de hábito aprender a estar no aqui e agora produzindo as nossas metas.
Daria para escrever um livro inteiro sobre como se manter no presente, aliás, já escreveram! Mas o que posso deixar aqui para nossa reflexão e aproveitamento: que usemos a oportunidade que surgir no tempo presente para colocar ao menos um tijolinho na nossa construção e curtir esse momento; fazer o que for possível, da melhor forma possível: com capricho, 100 por cento de atenção e de presença, ou seja, estar ali para cada atividade da nossa vida, sem nada de diferente na mente, sem dividir a atenção com outras questões que podem até ter energias contrastantes. Só assim estaremos realmente nos fazendo capazes e merecedores de viver a vida que queremos, merecemos e somos capazes de ter!