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Âncoras

Em PNL chamamos de ÂNCORA qualquer estímulo que traz de volta uma determinada resposta. Há âncoras positivas e negativas.
As âncoras podem ser visuais, auditivas, cinestésicas, olfativas, gustativas, palavras ou âncoras espaciais.
Richard Bandler e John Grinder disseram que 90% da terapia dedica-se a neutralizar âncoras que provocam estados negativos!
As âncoras mais fortes são as olfativas, pois elas mexem direto no sistema límbico do cérebro. É fácil entender isso quando trazemos para uma situação bem cotidiana: quando você está apaixonado por alguém e ao passar por algum lugar, sente o cheiro do perfume da pessoa amada, seu coração dispara, independente de ter visto de fato a pessoa ou não.
Uma vez, eu estava esperando para atravessar a rua, meu pai tinha falecido um ano ou um ano e pouco atrás. Ele usava um perfume bem diferente, era o único que eu conhecia que usava aquele perfume. E, enquanto eu esperava o sinal abrir para mim, alguém passou com aquele mesmo perfume… Aconteceu algo muito louco na minha cabeça: uma parte do meu cérebro reagiu muito rápido, dizendo pra mim – “É meu pai, é meu pai!” – (meu coração disparou de saudade e emoção) e ao mesmo tempo, outra parte da minha mente, dizia que aquilo era impossível, porque meu pai não estava mais nesse mundo… Mesmo assim, dei uma volta de 360 graus em torno do ponto onde estava parada. E fiquei tão perdida nas emoções, que o sinal abriu para mim e fechou novamente, sem que eu tivesse saído daquele ponto… Estava estática, tentando achar um sentido, tentando achar o meu norte mental de novo. Esse episódio aconteceu bem antes da PNL entrar na minha vida. Só anos depois, quando tive uma aula sobre ÂNCORAS, foi que entendi o que aconteceu com os meus pensamentos e minhas emoções!
Com isso você pode entender porque às vezes um toque em um determinado lugar, uma paisagem, uma música ou mesmo um som, pode te fazer reviver sensações e até reviver um filme de um momento muito ímpar na sua vida, seja ele bom ou ruim. E em outros momentos, tudo acontece tão rápido, sem que tenhamos consciência disso, que acabam por afetar nossos estados mentais e nosso humor de modo a nos deixar mais proativos ou exatamente o contrário, gerando estados de apatia, desânimo ou até irritação.
Na PNL muitas vezes fazemos âncoras para criar efeitos desejados, porque ajuda muito em provas – principalmente orais, apresentações, para um atleta antes de uma importante competição – momentos onde é desejável sentir mais apoio, segurança, bem estar e/ou aceitação. E o bom dessa ferramenta é que podemos fazer uma âncora simples ou integrar várias âncoras, se for o melhor para aquele cliente. Podemos empilhar um mesmo tipo de âncora (exemplo, um empilhamento de âncoras cinestésicas) ou podemos usar âncoras de tipos diferentes (exemplo: uma música, um aroma, uma emoção num encadeamento delas ou em uma integração).
Por outro lado, em estados muito negativos, muitas vezes precisamos “limpar” as âncoras instaladas inconscientemente, isto é, situações que se criaram ao acaso, para depois instalar as âncoras positivas, de suporte, que ligam a pessoa aos recursos que ela possui.
Daí fica a dica: se você está vivendo ou sabe que vai viver um momento muito bom, que gostaria de voltar a sentir outras vezes, uma boa dica é – quase no auge dessa sensação, use um toque em um lugar singular (toque nesse ponto e mantenha esse toque por alguns segundos) ou um cheiro ou use uma música – ou faça os três, se for possível. Assim, quando quiser reviver esse momento, para entrar naquele estado interno de ânimo, humor, determinação, etc., é só tocar no mesmo ponto, com a mesma intensidade de força que usou na primeira vez; toque a música e/ou vaporize o aroma e, como por encanto, esse estado voltará a acontecer dentro de você!
Ainda essa semana, no dia 28 de março, na seção de aromaterapia, traremos mais informações sobre como funciona a âncora no nosso cérebro.

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