O problema é a diferença entre o ponto do caminho em que você está e o ponto do caminho onde gostaria de estar. Exemplo: “Estou ganhando x e, na verdade, quero ganhar 2x.”
A forma como percebemos e mapeamos um problema, mexe profundamente com a nossa capacidade de resolvê-lo, pois amplia ou inibe a criatividade e o foco na busca da identificação e aplicação das ferramentas que a pessoa possui dentro de si e no meio em que se encontra – ações, pensamentos, estados de ânimo, ajudas externas, criação de estratégias – para chegar ao ponto que deseja. Muitas vezes a forma como pensamos em um problema faz dele um buraco negro, sugando nosso bom senso, criatividade e raciocínio. O que acaba por transformar aquele problema, até então solúvel ou de porte pequeno, para algo aparentemente insolúvel.
Vamos rapidamente perceber o que fazemos para entrar no buraco negro, para depois entender como orientar a mente de volta para o Caminho das Soluções.
Pensamentos como: O que eu tenho de errado? Porque isso tinha que dar errado? De quem é a culpa por isso ter acontecido? Porque não consegui resolver isso ainda? – são pensamentos que, embora tragam respostas, mantém a mente com o foco no problema. E se a pessoa foca muito num dado ponto, a mente entende que é pra manter aquilo do jeito que está, pois se é dada a máxima atenção, é porque é muito importante. Essas perguntas trazem justificativas do que aconteceu, mas saber disso não necessariamente traz as respostas de como sair da situação.
Já se, conscientemente, direciono minha mente para as perguntas focadas em achar os recursos e respostas, saio da condição de lamentação e volto a ser cocriadora da minha vida, o que aumenta a esperança, a motivação, melhora o humor e a energia. Algumas perguntas que podemos usar numa hora dessas: O que eu quero? Que recursos internos e ajudas externas posso contar nesse momento, que me ajudam com essa questão? Então, qual o próximo passo a dar? Quando eu vou fazer isso?
Mesmo em situações que não dependem só de mim, se encontro algo que possa fazer para melhorar o estado das coisas, para ter mais qualidade no meu mundo interno, isso já é uma boa conquista, que rende maior bem estar e capacidade de manter um bom estado emocional e mental, até para enxergar o que mais poderia ser feito, que antes estava enevoado pelas emoções conturbadas ou, no caso de ser algo que não depende mesmo da minha vontade, pode dar o fôlego necessário para a espera por alguma mudança no meio externo, que permita outra movimentação em busca de melhorias na qualidade de vida e/ou permita a própria resolução do problema.