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Mitos e Verdades Sobre Hipnose

A hipnose é um estado natural do ser humano. Freud descobriu que entramos em transe inúmeras vezes ao dia e de modo espontâneo. O que difere desse tipo de transe para o transe terapêutico é que no segundo caso há um facilitador do processo (o terapeuta) e há um objetivo a ser trabalhado.
A hipnose é algo tão natural em nós que a mitologia greco-romana já fazia alusão a ela no século XVIII antes de Cristo, só ainda não tinha esse nome – falavam desse estado como um “sono especial” que acontecia no templo do deus Asclépio e que curava as pessoas.
O nome hipnose surgiu no século XIX, cunhado por James Braid e vem do grego HIPNOS, que significa sono. É um estado diferente da mente, que possibilita a quem a experimenta acessar recursos, perceber novos ângulos e achar melhores perspectivas e soluções para lidar com uma questão, porque no transe nossa criatividade aumenta. E quando há um bom laço de empatia com o terapeuta, as sugestões dadas por ele para que deixe ir antigas dores ou que se busque uma nova forma, mais saudável de lidar com a questão em foco, é mais bem recebida por quem está experenciando o processo hipnótico e, portanto, mais bem aproveitado.
Então a hipnose é uma excelente ferramenta para lidar com feridas emocionais, padrões de repetição, mudar hábitos negativos, ansiedade, estresse e até melhora de dores crônicas.
A PNL utiliza a hipnose ericksoniana (desenvolvida por Milton Erickson), que muitas vezes se utiliza de histórias que ajudam a pessoa a trabalhar o problema, sem necessariamente revivê-lo, para chegar em uma solução positiva para a questão. E como as respostas e percepções são suas, criadas por você, é muito mais fácil colocá-las em prática
Os Mitos sobre a hipnose:
1- Posso ficar para sempre no transe: Não há verdade nisso porque é algo que nos acontece de forma espontânea e cotidiana, algumas vezes vendo um filme ou ouvindo uma música, por exemplo, e depois você é capaz de voltar para as suas atividades do dia normalmente.
2- O hipnoterapeuta pode me dar uma sugestão durante o transe, que me leve a agir de modo independente da minha vontade, num dado momento, sem nem ao menos me dar conta: outra fantasia, pois embora existam níveis de aprofundamento distintos no transe, além de ainda haver consciência, é uma situação tão especial e ao mesmo tempo natural da mente, que é como se o Centro de Valores do indivíduo estivesse mais no comando do que nunca. Sendo assim, se há uma sugestão que não corresponda a um valor positivo ou que seja algo que a pessoa em transe não queira verdadeiramente fazer, o transe automaticamente se ‘quebra’. Daí, também podemos concluir que um hipnoterapeuta não pode obrigar ninguém que não queira, a fornecer senhas de banco ou coisas afins. O que pode acontecer é que fale sobre questões que até então guardava só pra você, por perceber que já é hora de lidar com aquilo e que há espaço, confiança no profissional e recursos internos para tratar do tema.
3- Mesmo que o terapeuta precise se afastar ou até morra durante o processo, a pessoa que está vivenciando o transe ao perceber a falta de comunicação prolongada por parte do terapeuta, ou abre os olhos naturalmente para saber o que está acontecendo ou, se estiver muito cansada, vai evoluir para o estado de sono, nada diferente do que acontece toda a noite quando o sono nos colhe no meio dos nossos pensamentos e ideias.
Atletas muito focados podem entrar naturalmente em estado de transe mesmo em movimento – correndo ou nadando. Daí esclarecemos mais uma dúvida: podemos colocar uma pessoa em transe em pé e caminhando. É comum utilizarmos esse recurso quando é importante ‘demarcar’ espaços e situações, como: aquela situação está ali e agora você está aqui. Ali era passado, aqui estamos no futuro.
Nas mãos de um profissional habilitado, a hipnose traz bem estar, alívio, crescimento e autodescoberta.

Bibliografia:
Manual de Hipnoterapia Ericksoniana – Sofia Bauer
Apostila de PNL – Practioner – Arline Davis

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