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Aromaterapia e as doenças do inverno

O inverno chegou e com ele muitos sofrem as consequências do tempo frio, especialmente com as doenças respiratórias. A maior parte dessas doenças são provocadas por vírus, os quais são sensíveis ao calor. Logo, no outono e inverno, com as temperaturas mais baixas, gera-se um ambiente mais favorável ao desenvolvimento dos vírus. Além disso, com as baixas temperaturas as pessoas se concentram mais em locais fechados, o que facilita a propagação desses vírus e de bactérias que causam inúmeras doenças (as mais comuns no inverno: gripe, resfriado, asma, rinite, bronquite, pneumonia, sinusite).

Como já foi comentando anteriormente, praticamente todos os óleos essenciais são antissépticos e antibacterianos até certo ponto, e alguns podem ser úteis no tratamento de infecções virais, que são resistentes a todos os medicamentos tradicionais (Exemplo: óleo essencial de Tea Tree, de orégano…). Isso ocorre devido a presença das substâncias chamadas de Terpenos. Estes estão presentes tanto em plantas como em animais e são descritos como possuidores de uma diversidade considerável de propriedades biológicas, incluindo a ação antimicrobiana, fungicida, antiviral, anti-inflamatória e atividade antiparasitária.

Os monoterpenos, importantes constituintes dos óleos essenciais, são altamente voláteis, sendo arrastados pelo vapor de água, livres de outros componentes, sendo utilizados por suas características organolépticas marcantes.

Ao final do texto de hoje, iremos citar os óleos essências que podem ser usados para remediar e combater as doenças mais comuns no inverno, assim como algumas sinergias e métodos de uso, mas agora iremos abordar os problemas respiratórios pela visão da Metafísica.

Segundo VALCAPELLI (Livro: Metafísica da saúde), se você apresenta algum problema físico, é importante perceber qual aspecto da vida está deixando de fluir adequadamente. A doença é a manifestação dos conflitos interiores.

A partir do momento que há um reposicionamento interior, resgata-se a harmonia e consequentemente a saúde.

É você quem cria as condições propícias à manifestação das doenças. Da mesma forma, você também tem a capacidade de destruí-las e sarar. Talvez seja difícil conceber que você é a causa dos distúrbios da saúde, pois aprendeu erradamente que o corpo fica doente sem a sua participação. A metafísica vem mostrando que cada um é responsável por tudo que acontece em seu corpo.

Uma vez já somatizada a doença, é preciso ter o acompanhamento para restabelecer o físico. Paralelamente ao uso de medicamentos, é necessário mudar as atitudes inadequadas que causam prejuízos emocionais e físicos.  Os remédios tratam o físico, fortalecem temporariamente o corpo e eliminam os sintomas. Mas, se você não mudar a condição interna que está gerando a doença, ela surge em outra área do organismo.

No caso do sistema respiratório, a respiração é um veículo de comunicação entre o mundo interno e o meio externo. Como seres humanos, trazemos em nosso ego a tendência de mergulhar no isolamento, sendo a respiração um elo de contato com o mundo externo, o que impede de nos isolarmos. Ela representa uma constante sugestão de integração harmoniosa com o ambiente. A respiração é composta de duas etapas: inspiração e expiração.

A inspiração é a absorção do oxigênio contido no ar. É o ato em que os elementos externos penetram no mundo interno. Inspirar refere-se à sua capacidade absorver a vida.

A expiração promove a eliminação do gás carbônico produzido pela oxidação das células. Expirar é expelir conteúdos provenientes do interior do organismo, que são lançados no ambiente externo. Esse ato relaciona-se à sua capacidade de se expor e deixar fluir seus conteúdos interiores. É a livre expressão de si.

O processo respiratório expressa a capacidade de absorver e se expor, ao âmbito da troca, do dar e receber. Se a pessoa lidar bem com isso em sua vida, seu sistema respiratório será saudável. Porém, se tiver uma relação problemática entre ela e o mundo, isso irá refletir nesse sistema, provocando algumas doenças.

Em geral, qualquer problema respiratório está relacionado com a dificuldade de lidar com o ambiente. Demostra que a pessoa não está suficientemente aberta para os acontecimentos à sua volta, tampouco sente-se livre para se expressar. Resistir ao que se passa no ambiente, bem como não ser espontâneo diante da situação, é altamente nocivo para o mecanismo respiratório.

Para amenizar problemas respiratórios é necessário que você se abra para a vida e aprenda a absorver o que está acontecendo à sua volta.

Abaixo listamos as principais doenças do sistema respiratório e suas causas segundo VALCAPELLI:

GRIPE OU RESFRIADO: Confusão interior despreparo para lidar com as mudanças, falta de confiança no novo.

A rigor não existe na medicina uma doença chamada gripe. Esse termo é comum para designar um resfriado. O resfriado é um processo infeccioso das vias aéreas respiratórias superiores causado pelo vírus “influenza”. Esse vírus não se restringe ao nariz, difunde-se por toda a circulação, provocando cansaço, indisposição e fadiga muscular.  Os casos de gripe geralmente ocorrem durante algum tipo de mudança. Podem não ser transformações significativas, basta ser uma situação inusitada, em que você se atrapalha para adaptar-se a nova dinâmica, ou ainda a simples perspectiva de mudança que o deixa amedrontado.  A maior agravante nessas situações é o apego ao passado.

RINITE: Abalar-se pelas confusões do ambiente, não se permitir errar, adotar um comportamento exemplar.

Inflamação da mucosa nasal, decorrente da ação de vírus, bactérias ou alérgenos.  Dentro de uma visão metafísica, a rinite está relacionada com o fato de a pessoa se abalar pela atmosfera do ambiente em que vive. Ela se irrita facilmente por qualquer coisa que acontece à sua volta, principalmente com a forma de os outros pensarem e agirem.

Além desses fatores que afetam quem sofre de rinite, a causa metafísica do problema está no desejo de ser uma pessoa exemplar. Exige de si uma postura modelo perante aqueles que o cercam. Quer ser o melhor em tudo. Não se permite errar.

SINUSITE: Profunda irritação com alguém bem próximo, decepção provocada pelas expectativas.

Processo inflamatório dos seios paranasais, que são cavidades nos ossos do crânio ao redor do nariz e que se comunicam com as fossas nasais. Em virtude dessa comunicação, as infecções e alergias das fossas nasais facilmente se propagam para os seios paranasais e vice-versa.  Os sintomas da sinusite são dor de cabeça logo acima do nariz e na região frontal, coriza, obstrução nasal, podendo haver também tosse, febre, irritação ocular e dor de garganta.

A causa metafísica da sinusite é uma grande irritação com alguma pessoa de seu convívio diário. O frequente contato com a mesma só aumenta a sensação de incômodo. Esse mal-estar ocorre devido ao comportamento que o outro apresenta, chegando esse fato ao ponto de provocar uma sinusite.

BRONQUITE: Dificuldade de relacionar-se com o ambiente sentir-se agredido e não saber como se expressar ter necessidade de chamar a atenção, isolar-se ou fazer chantagem.

A inflamação dos brônquios revela um estado emocional de desconforto e irritabilidade acerca do que se passa ao redor. Essa condição é desencadeada pela falta de habilidade em lidar com os fatores internos frente às situações.  Quem tem seus brônquios inflamados geralmente vive num ambiente tumultuado, com atritos e discussões, ou num silêncio demasiado, em que não há diálogo entre as pessoas. Ambos os casos podem causar medo de se expressar e ser tratado com estupidez ou com indiferença. Em virtude disso, algumas pessoas afetadas pela bronquite preferem se isolar e permanecer caladas; outras recorrem ao exibicionismo para chamar a atenção; existem, ainda, aquelas que se revoltam e se tornam rebeldes. Quem sofre de bronquite não expressa aquilo que sente, está sempre procurando um jeito certo para se colocar. Costuma sufocar sua essência para agradar os outros. De uma maneira ou de outra, “força a barra” para se relacionar com as pessoas e não age com naturalidade.

PNEUMONIA: Cansaço da vida, irritação por ter se doado muito aos outros sem haver a troca.

É um processo inflamatório, geralmente agudo, comprometendo os alvéolos, os bronquíolos e os espaços dos tecidos pulmonares. Pode ser originada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.  Nos adultos é mais frequente a pneumonia bacteriana, causada pelo pneumococo. Nas crianças predomina a de origem viral.  A doença começa com uma infecção nos brônquios e nos alvéolos, afetando uma parte dos pulmões. Na pneumonia, o gás carbônico é eliminado adequadamente, mas o oxigênio diminui sua concentração no sangue.  A pneumonia reflete um estado interior de cansaço da vida, causado por ferimentos, decepções ou preocupações excessivas, que levam a pessoa ao desespero seguido de desânimo. Metafisicamente, a pessoa fica vulnerável a contrair a pneumonia quando perde o prazer e o entusiasmo pela vida e se sente desanimada. A doença representa a somatização do estado de apatia, provocando no corpo a redução do oxigênio na corrente sanguínea.

Diante do exposto e sabendo que todos os óleos essências ajudam a equilibrar as emoções até certo ponto, e individualmente eles podem ser notáveis por suas propriedades estimulantes, de elevação espiritual, de relaxamento e de sensação de bem-estar, iremos citar alguns óleos usados no tratamento das doenças mais comuns no inverno (Gripes, Rinites e Sinusites):

Eucalipto Globulus: Sua ação antiviral age no sistema respiratório, amenizando a inflamação e auxiliando na liberação da mucosidade. Alivia a congestão decorrente resfriados.

Ele trabalha para librar a tristeza profunda retida nos corpos e suas limitações.

Olíbano: Tem efeito sobre as mucosas, especialmente útil no processo de limpeza dos pulmões. Tem excelente efeito na respiração, ameniza a dificuldade de respiração e é útil para quem sofre de asma.

Energeticamente ele ajuda a pessoa a desenvolver a integridade para assumir a responsabilidade pelas consequências de suas ações.

Tea Tree: Ajuda o sistema imunológico a combater doenças infecciosas. É um óleo extremamente antisséptico e ajuda a liberar as toxinas do organismo através do suor.

Energeticamente, ele trabalha como s reflexos da Alma, em oposição aos do nosso “eu sombrio”. A sua energia nos ajuda a transformar nossa escuridão em um corpo radiante, permitindo que nossa luz se projete. Sua energia revigorante dissipa o estresse mental e apazígua os sentimentos partidos.

Tomilho: Fortifica os pulmões durante o tratamento de resfriados, tosses e inflamações de garganta. Aquece o corpo e ajuda a liberar o “catarro”.

Funciona como revitalizante e combate sensações de esgotamento e depressão. Também pode ser utilizado no tratamento de bloqueios mentais e traumas.

Exemplo de uma forma de uso: Para prevenção pingue algumas gotas do óleo essencial ou da sinergia no difusor de ambiente ou uma gota de óleo no aromatizador pessoal.

Durante os casos: adicionar de 4 a 6 gotas de óleos essenciais em uma tigela de água quente, depois cobrir a cabeça com uma toalha e inalar os vapores aromáticos por um a dez minutos.

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