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Os Aromas e as emoções

Como essa semana falamos de âncoras e citamos as âncoras olfativas, vamos entender um pouco como os óleos essenciais são capazes de mexer com as nossas emoções!

O texto abaixo é um trecho do livro de Robert Tisserand – Aromatherapy for Everyone.

“Os poderes dos aromas sobre a psique são reconhecidos desde tempos muito antigos. Madeiras aromáticas, resinas e ervas eram queimadas para expulsar “espíritos malignos” ou mesmo como forma de aproximação com o divino. O Kyphi, considerado o perfume dos deuses no antigo Egito, era conhecido por induzir o sono, aliviar ansiedade e iluminar os sonhos. Na Grécia antiga, os óleos aromáticos eram usados por suas propriedades antidepressivas, calmantes e afrodisíacas, e era reconhecido que certos odores poderiam aumentar o estado de alerta e mesmo ajudar na concentração.

O aroma é a história da linguagem, onde o ser humano tenta encontrar palavras para expressar sentimentos e emoções. Está ligado a todos os sentidos, inseparável do paladar, com cores, sons e memórias.

Quando um óleo essencial é inalado tem um impacto no EPITÉLIO OLFATÓRIO (azul claro) que contêm mais de 20 milhões de terminações nervosas. O odor é transformado em mensagem nervosa, que é amplificado pelo bulbo olfatório (preto) que atravessa o trato olfativo chegando ao sistema límbico.

Este diagrama simplificado mostra como o aroma é primeiro “analisado” pela AMÍGDALA (rosa claro) e HIPOCAMPO (bege) que são os centros da memória e também desempenham um papel importante com relação às respostas emocionais. Neste momento, o odor pode desencadear uma memória, seja recente ou distante. A mensagem é então transmitida ao HIPOTÁLAMO (verde) que atua como um regulador e também como uma estação retransmissora que pode enviar mensagens para várias outras partes do cérebro.

Os aromas que trazem entusiasmo, com por exemplo o Grapefruit, tendem a estimularem o TÁLAMO (rosa) que secretam neurotransmissores chamados ENCEFALINAS, que a propósito atuam como analgésicos, mas também induzem a uma sensação de bem-estar, de euforia, fazendo-nos sentir elevados, pra cima.

Os aromas afrodisíacos, como o ylang ylang, resultam da estimulação da GLÂNDULA PITUITÁRIA (vermelho), que então pode secretar ENDORFINAS, que também são analgésicas e podem induzir a euforia ou desejos sexuais. A glândula pituitária também governa outras glândulas endócrinas em nosso corpo, incluindo a tireoide, as adrenais e as glândulas sexuais (gônadas).

Os aromas sedativos, como a manjerona, estimulam o NÚCLEO DE RAFE (azul escuro) que libera a serotonina, um neurotransmissor sedativo. Óleos estimulantes como o alecrim, afetam o CERÚLEO (amarelo) que libera NORADRENALINA no cérebro, que tem um efeito de nos manter despertos, alertas.”

FONTE: TISSERAND, Aromatherapy for Everyone, 1988.

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