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Roda da Vida: Carreira – Mudança de Carreira

Um dia acordamos e percebemos que não queremos mais aquela rotina de anos a fio,  cumprida por pelo menos cinco dias na semana, por em média 8 horas por dia. Ou chegamos no período da aposentadoria, mas ainda nos sentimos com disposição e ideias para continuar criando, apenas já não queremos um ritmo tão intenso, ou quando há  a percepção de que o valor a receber como aposentado não possibilitará uma qualidade satisfatória de vida e , então, vem a decisão de buscar outra fonte de renda em forma de uma segunda carreira.

Nessas horas, a maioria das pessoas tendem a pensar em um trabalho por conta própria, ser um autônomo ou empresário. Outros experimentam o medo, considerando que talvez a idade seja um abismo a ser vencido na busca de um novo lugar ao sol…

Vamos aos pontos a serem considerados – ao pensar em fazer algo por conta própria é importante entender que além da função específica a que se dispõe, também é necessário ter uma boa organização do espaço físico (local de trabalho, documentos, contas, listas de material, de fornecedores, etc.) e organização mental ou vai embolar o meio de campo e deixar coisas importantes por fazer. Aliás, coisas importantes é o que não falta, já que se o novo negócio é fazer tortas de banana, além de saber fazer uma excelente torta, também é importante saber comprar e o que comprar – da qualidade e quantidade de bananas às embalagens da torta;  saber fazer preço; ter uma noção do capital de giro necessário, para pelo menos 3 meses de trabalho; gerenciar a contabilidade, os prazos de pagamentos e recebimentos; saber se tem aptidão para vender (se sim, saber separar o tempo de produção, de administração e de venda) e se não tem a habilidade ou não quer fazer a venda, a quem se associar para essa função ( e aí é importante transformar a sua meta em meta da outra pessoa também). Se reparou bem, eu listei as atividades necessárias para se ter um negócio de fabricação de tortas de banana. Você deve fazer a mesma coisa – listar tudo que é necessário dominar com maior ou menor precisão, para fazer o seu negócio prosperar. E caso uma das funções vitais para a empresa, seja algo que terminantemente te causa aborrecimento, enfado ao fazer, considere mudar o seu plano de trabalho.

O que é função vital? No caso das tortas, vender não é vital, posso achar alguém para se associar a mim, mas cozinhar é função vital, porque sem isso as tortas não acontecem. Saber comprar e fazer preço, também, ou pode fechar a empresa por falta de lucro ou por ter um preço tão alto que não fica competitivo…

Posso ser uma pessoa dinâmica, criativa, proativa, que gosta de desafios e ainda assim não gostar da parte burocrática. Muitas empresas hoje buscam profissionais desse tipo, que sabem gerir bem suas funções e tempo e, ainda assim, não querem ser donos de nada.

Não é incomum pessoas num momento de empolgação (ou desespero) decidirem abrir uma empresa e só depois perceberem, já com dinheiro, tempo e esperanças investidos, que não tem “cara de pau” necessária para sair a campo em busca de clientes… Só que sem clientes nenhum negócio sobrevive. E aí boas ideias murcham antes de verem a luz do sol. E, o que é pior, algumas pessoas nem ao menos percebem que o potencial era bom, faltou foi habilidade do empreendedor. Outros empreendem ideias utópicas, como vender geladeira no Polo Norte… Ou seja, é importante perceber se há espaço para aquele negócio e se há habilidade e dom para fazer o negócio ficar de pé.

Quanto ao fator idade, sim pode ser um problema, mas se pensarmos bem, a 1ª experiência profissional também é um desafio para um jovem, e todos que trabalham ultrapassaram esse obstáculo, o interessante, nesse caso, é fazer das experiências vividas um plus a mias no currículo. Hoje soube de um caso de um homem que, com cinquenta e poucos anos, ainda sem tempo suficiente para aposentar,  resolveu mudar de carreira e de país, reinventou a própria vida, sem se deixar paralisar pelas estatísticas e atualmente está realizado, vivendo da sua arte.

Sonhos são para serem sonhados, construídos, vividos desde que seja um sonho estrategicamente planejado pela mente e pela alma ( se não vira pesadelo!)!

Como dizia Fernando Pessoa, “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.”

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