Categorias: PNLPNL Metaprogramas

Como se Pensa Sobre o que se Pensa?

Essa semana durante um atendimento, tive oportunidade de conversar sobre algo muito importante nos resultados da nossa vida, tecnicamente, o nome seria Metaprograma – ou seja, o programa superior ou inconsciente que está sendo usado. Mal comparando seria: o Word é o programa que escolho para digitar um texto, e há um programa por trás que faz com que o Word funcione, sem que eu pense sobre isso ao usar o Word.

Pois bem, dentro do conjunto de Metaprogramas que temos, há um par bem interessante – Evitar ou Afastar-se de & Aproximar-se de.

Tudo começou com o cliente dizendo que, por mais que tenha se esforçado, não conseguiu deixar de pensar em trabalho durante o fim de semana. (Ele tem um metaprograma Afastar-se – então, naturalmente, pensou no que ele queria evitar). E, por mais que tentasse, mais a vontade de continuar pensando em trabalho crescia! Bem, imaginem uma linha bem comprida, onde nas extremidades estão cada um desses metaprogramas, quanto mais no centro dessa linha, mais em equilíbrio esse par estará. E, quanto mais próximo a uma ponta da linha, mais atuante aquele programa se mostrará. Aqui vou dar exemplos de extremidades, pra melhor compreensão.

Um típico “Afastar-se de” quer evitar problemas, geralmente paga a conta antes do vencimento, enquanto um “Aproximar-se de” quer estar perto do que gosta, do seu objetivo de momento. Nem um deles é ruim em si, são como colher e garfo – quanto mais na extremidade garfo, maior a coleção de garfos de várias formas e tamanhos, o que é realmente muito bom se a comida servida é um churrasco… mas se for uma sopa bem líquida, o assunto passa a ser outro…

Há um pressuposto da PNL (uma base de apoio) que diz que “o que você foca aumenta”. Se eu estou por tempo demasiado, e bem na extremidade do “Afastar-se de”, eu vou pensar o tempo todo em como me afastar daquele problema, aumentando cada vez mais a dimensão e a atração dele sobre mim.  Ao passo que, se entendo que se quero me afastar de algo, é porque não quero aquilo, então aquilo não merece a minha atenção mais do que pelo tempo necessário para eu ter a percepção em questão, e por isso foco no que eu quero no lugar , vou, como escolha consciente, para o “Aproximar-se de”, e dou para a mente a chance de ter algo diferente e saudável para se fixar. Essa é uma boa dica para quem decidiu mudar hábitos alimentares, por exemplo.

Antes que pensem que o “Aproximar-se de” é o melhor que há, muitos alunos e profissionais que estão sempre atrasados com seus prazos, estudos e afins, estão nessa extremidade da faixa, o que faz com que procrastinem seus compromissos para ter uns minutinhos mais de algo que querem, seguido por mais outros tantos minutinhos para algo que dá prazer, conforto, etc. Até que um dia chegam em suas casas e a luz está cortada, por exemplo, porque foram adiando o que não queriam estar próximo, até que esqueceram de vez ou perderam o prazo e caíram no pior dos mundos – lidar com a consequência, nada ansiada, da escolha que fizeram. Esse também é o metaprograma daquelas pessoas que querem tanto fazer tudo que gostam que terminam não dando conta das coisas

Se o objetivo é uma vida com mais desenvoltura, equilíbrio e prosperidade, é importante aprendermos a usar também o metaprograma oposto, porque assim como o garfo e a colher, cada um é insubstituível para o que foi criado.

A dica então é: Se um padrão de hábito ou um comportamento sempre se repete e não me leva para o ponto almejado, quando perceber que estou nele de novo, paro e penso, que mecanismo estou usando? Qual dos dois é o melhor para eu recorrer?

Se estou tão focada no que não quero, posso me perguntar o que quero em vez daquilo que está na minha mente. E como vou me sentir e ficará a minha vida ou o meu dia, se colocar aquele novo querer em prática. Que consequências presentes e futuras terão para mim e para as pessoas que gosto?

Já se estou tão focada no que quero estar perto, a ponto de perder prazos e coisas importantes, deixar de lado os afazeres que garantem minha vida nos trilhos (garantem inclusive aqueles quereres) ou até chegar no ponto de acabar esgotada, vale me perguntar – “se continuar nessa linha de ação, o que posso perder e como vou me sentir ao perder essas coisas? Que consequências presentes e futuras terão para mim e para as pessoas que gosto? O ideal é anotar as respostas e refletir sobre elas, visualizando, ouvindo seu próprio diálogo interno e sentindo essas consequências, como se estivessem acontecendo realmente.

É uma nova forma de ser e estar na própria pele e na vida, não é automática, mas ao nos habituarmos com esse balanceamento entre os metaprogramas, estaremos num caminho muito mais viável de conseguirmos bem estar. E pra ter um estado interno saudável e prazeroso e a vida correndo nos eixos vale a pena termos novos hábitos e escolhas, não vale?

2 comments

    1. Buscar o equilíbrio é sempre uma boa prática! Ler mais do que uma vez, com um intervalo de dias, pode fazer com que perceba coisas diferentes, tanto no texto, quanto em si mesmo. Fica a dica.
      Bjs

Deixe um comentário para Rosiane da Silva Barbosa Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.